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quinta-feira, 19 de abril de 2012

O anel de vidro


Aquele pequenino anel que tu me deste,
– Ai de mim – era vidro e logo se quebrou…
Assim também o eterno amor que prometeste,
- Eterno! era bem pouco e cedo se acabou.


Frágil penhor que foi do amor que me tiveste,
Símbolo da afeição que o tempo aniquilou, –
Aquele pequenino anel que tu me deste,
– Ai de mim – era vidro e logo se quebrou…


Não me turbou, porém, o despeito que investe
Gritando maldições contra aquilo que amou.
De ti conservo no peito a saudade celeste…
Como também guardei o pó que me ficou
Daquele pequenino anel que tu me deste…


Há 126 anos nascia no Recife um dos nossos maiores poetas.
Manuel Bandeira, 19 de abril de 1886.

PS: Post especialmente dedicado ao meu amigo Cristovam Melo e a sua paixão pelo Bandeira. Pronto, dediquei!!! :P

1 Devaneios:

Milton Kennedy disse...

Acredita que não conhecia este texto do Bandeira? Adorei.

Grande abraço, saúde, inspiração e muita paz interior.

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