Canto I
O primeiro é naturalmente rosto;
Produzido, o segundo mascara.
Já cola-se à derme, se torna chaga,
E ao prurir, em si, o pior desgosto.
Foi engenho, pr’á que fosse oposto;
Um sobre o outro, o que não agrada,
Furtar um ser que a si mesmo enfada
E criar outro, em detrimento ao tosco.
E o novo, à luz, ganha, assim, a vida
Que o oculto, na sombra, não verá,
Por uma natureza fraca, contida.
Com razão, o segundo chora, pede
Ao primeiro que suma, que se vá,
Que permita à mascara ser pele.
1 Devaneios:
Obrigado pelo carinho de sua visita amiga,,,volte sempre,,,seu espaço tambem é muito gostoso,,,beijo de otima semana.
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