Que entre soltos pensamentos
Sozinha falava e continha as risadinhas
As ruas da minha infância aos poucos perderam a cor
Quando adolescente já não as notava perdida entre paixões
Mas, agora em silêncio, elas me acompanhavam
Observando que só a estatura havia crescido
Na sombra refletida nos muros,
que outrora eram meus amigos
via-se os anseios da menina-moça
a espera da eterna felicidade
feita de sonhos, castelos e príncipes
O tempo passou e as ruas continuam lá
Muitos moradores que me desejavam bom dia
já não mais sentam em frente as suas casas
a espera que eu passe para alegrar os seus dias
Ao passar por essas ruas, minhas ruas
ainda ouço o cantar das crianças
"Se essa rua, se essa rua fosse minha,
Eu mandava, eu mandava ladrilhar"
As lindas promessas não foram cumpridas...
As ruas não foram ladrilhadas com brilhantes pedras
Nem o meu amor por lá passou...
Apenas, passou!
A minha inocência infantil
Brinca sob as sombras das árvores
Reflete nos sorrisos das crianças
que alegremente sonham em ladrilhar
as ruas da minha infância...
As minhas ruas.
Diva L.