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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Caminhando e cantando...sempre!!!

Quem me conhece sabe que esta frase é praticamente a minha filosofia de vida, minha marca registrada:"Caminhando e cantando". Bom, nem sempre cantando, mas sempre caminhando!
"Pra não dizer que não falei das flores", tornou-se um hino nos tempos da ditadura e dos grandes festivais. Como avaliar ou analisar a inspiração do poeta? Em um dos mais sombrios momentos do país, surgiu em meio ao caos a poesia revolucionária de Geraldo Pedroso de Araújo Dias Vandregísilo ou, simplesmente, Geraldo Vandré.

O post é em comemoração aos 77 anos de Vandré, completados no dia 12 de setembro.  O cantor e compositor, um ícone, uma lenda made in João Pessoa, na Paraíba, tornou-se famoso pelas suas músicas que exprimiam a oposição ao regime militar na década de 60, embora seja negado por ele em diversas entrevistas.

É impossível ouvir esta canção e não se emocionar, pois através da letra carregada de luta e de protestos silenciados pela ditadura, Geraldo conseguiu tocar a nossa alma e nos fazer sentir a dor de toda a nação.

Para homenageá-lo, selecionei 3 versões do clássico "Pra não dizer que não falei das flores", ela que tem uma mensagem universal e que transcende as barreiras do tempo.

Espero que gostem!
"Pra não dizer que não falei das flores" com Emicida, Charlie Brown Jr e, claro, Vandré.








Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...
Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...


Geraldo Vandré

2 Devaneios:

Milton Kennedy disse...

Oi Diva,
boa e agradável lembrança! =)

Abraços e paz interior.

Elô Araújo disse...

Mesmo em uma fase amarga da nossa história, os poetas conseguiam expor a dor em forma de versos. Lembro que um professor de literatura dizia que foi a época mais rica e produtiva da nossa música, e tomou o Chico Buarque como exemplo. Algo a pensar.

Obrigada por comentar.
Bjo grande

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