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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Enquanto uns só reclamam...Um exemplo de superação

Acredito que muitos já leram nos sites de notícias, compartilharam nas redes sociais, viram nos telejornais, enfim, o caso de Eliana Zagui, vítima de paralisia infantil que vive há 36 anos no Hospital das Clínicas de São Paulo e que  acaba de lançar o livro "Pulmão de Aço - Uma vida no maior hospital do Brasil", memórias que escreveu usando uma caneta amarrada a uma espátula e mais adiante no computador, é uma das maiores lições de persistência e amor à vida que já vi.



"Aprendi a ler, escrever, pintar quadros, virar páginas de livros e revistas, teclar no computador, no telefone, colar adesivos e muito mais, somente com a boca"
 
Pulmão de Aço - O livro de 240 páginas, cujo título saiu de uma máquina inventada em 1920 na qual colocavam as pessoas com insuficiência respiratória, narra as experiência da paciente no hospital e as poucas vezes que saiu dali. 

"Vivendo e morando todo esse tempo no hospital, pude e ainda tenho oportunidades de aprender de tudo um pouco que uma pessoa dita "normal” é capaz "

Um vídeo foi produzido pela Belaletra Editora,  sobre a vida de Eliana até a produção do livro.  Vale a pena assistir. Eu recomendo.


 "A Eliana é desafiadora, ela não desiste, por mais que seja difícil."
Eliana Zagui
Ainda criança maquiada para as festividades juninas no hospital e, já adulta produzindo suas telas (Arquivo pessoal)
"Peço a Deus que mostre a ela, que se fisicamente não consigo andar, em minha mente sou capaz de voar sem limites."

TRECHOS DO LIVRO

Perspectiva Horizontal - “Quem vive numa cama não tem a mesma perspectiva das outras pessoas. Depois de tanto tempo deitados, não coseguimos mais ver o mundo na vertical. No meu caso a perspectiva é toda horizontal. Há anos por problemas respiratórios, não posso usar nem travesseiros. Vejo o mundo de baixo para cima ou de lado. Não sei o que é olhar para baixo.”
O choro dos palhaços - “Dr. Giovani (médico do HC) fazia o possível para diminuir em nós a sensação de isolamento. (...) Levou-nos a alguns passeios inesquecíveis. Providenciava tudo: ambulância, cilindros de oxigênio, respirador portátil. Conhecer o circo era um sonho. Dr. Giovani arrumou tudo, preparou a infraestrutura e nos levou – eu, Paulo, Tânia e Pedro. – em duas ambulâncias. Mas naquela tarde caiu um temporal, faltou público e o espetáculo foi cancelado (...) O médico procurou o dono do circo, explicou a situação e o levou até nós, nas ambulâncias. A trupe nos maquiou e resolveu nos presentear com uma miniapresentação exclusiva. A choradeira foi geral. Os palhaços conduziram o show sob lágrimas.


Telas pintadas por Eliana

Para conhecer um pouco mais sobre a história de Eliana, basta visitar o site da moça. Lá é possível conferir fotos, vídeos, entrevistas e uma galeria virtual com telas supreendentes. << Clique aqui >>>


 De repente senti vergonha dos tantos momentos que fiquei triste e desanimada. 
Diva L.

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