Se te censuram, não é teu defeito,
Porque a injúria os mais belos pretende;
Da graça o ornamento é vão, suspeito,
Enquanto fores bom, a injúria prova
Que tens valor, que o tempo te venera,
Pois o Verme na flor gozo renova, E em ti irrompe a mais pura primavera.
Da infância os maus tempos pular soubeste,
Mas não penses achar vantagem neste Fado, que a inveja alarga, é incessante.
Se a ti nada demanda de suspeita, És reino a que o coração se sujeita.
(William Shakespeare)
fonte: www.pensador.info/poemas/
1 Devaneios:
Gosto muito de sonetos de certa forma o soneto,faz parte de nossa vida, por meio da literatura ou da Gramatica, uma forma de compreender tão trivial Talvez por preguiça de ler algo muito longo acabo por preferir sonetos tanto de Shakespeare,Vinicius, Camões... parabéns Lali, um para vc de Camões:
Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões
Bjkas
Andréa1
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