O dia em que o maluco coração parou...

Há 20 anos os devaneios do maluco beleza se foi. No entanto, suas "loucuras" continuam criando novas e novas loucuras, pois seus pensamentos nos levam a inúmeros questionamentos. Era 21 de agosto de 1989 quando o coração do Raul Seixas parou de cantar.

Eu nasci!
Há dez mil anos atrás
E não tem nada nesse mundo
Que eu não saiba demais...

Essa noite eu tive um sonho
de sonhador
Maluco que sou, eu sonhei
Com o dia em que a Terra parou

Eu do meu lado
Aprendendo a ser louco
Maluco total
Na loucura real...
Controlando
A minha maluquez
Misturada
Com minha lucidez...

Prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo

Se eu quero e você quer
Tomar banho de chapéu
Ou esperar Papai Noel
Ou discutir Carlos Gardel
Então vá!
Faz o que tu queres
Pois é tudo
Da Lei! Da Lei!
Viva! Viva!
Viva A Sociedade Alternativa..

Como as pedras imóveis na praia
Eu fico ao teu lado
Sem saber dos amores que a vida me trouxe
E eu não pude viver

Veja!
Não diga que a canção
Está perdida
Tenha em fé em Deus
Tenha fé na vida
Tente outra vez!...

Mas ora, vejam só, já estou gostando de vocês
Aventura como essa eu nunca experimentei!
O que eu queria mesmo era ir com vocês
Mas já que eu não posso:
Boa viagem, até outra vez.

Vlw maluco!

Raul Santos Seixas (Salvador, 28 de junho de 1945 - São Paulo, 21 de agosto de 1989).

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