Antes de começar a escrever, dei um giro pela obra do João Cabral de Melo Neto. É impossível falar dele e não parar e chorar com Morte e Vida Severina. "Somos muitos Severinos, iguais em tudo na vida...". Escrita há 44 anos, ela é super atual. A busca e a luta por dignidade, continua transformando grande parte dos brasileiros, não só os nordestinos, em retirantes marginalizados.Ainda ontem conversava com o amigo jornalista Gian, sobre como é gratificante ser blogueira e como isso a cada dia me humaniza um pouco mais. O fato de pesquisar e escrever sobre poesias, poetas, músicas, realidades diversas e sentimentos nesse louco mundo virtual, funciona como válvula de escape do estressante mundo real.
Para os que ainda não sintonizaram sobre o que estou falando, selecionei alguns trechos da imortal obra "Morte e Vida Severina" para compartilhar com vocês. Se ainda assim não me entenderem, tá na hora de rever os conceitos. Apreciem sem moderação!!!
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas
e iguais também porque o sangue,
que usamos tem pouca tinta."
vivo de a morte ajudar."
A de saltar, numa noite, fora da ponte e da vida?"
Trechos de Morte e Vida Severina, especial adaptado e produzido pela Rede Globo, em 1981.
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