Underground, indecifrável, indefinível...Rotulado como artista de "vanguarda" e "maldito", começou a se apresentar em shows no final da década de 70, na Lira Paulistana em São Paulo, ao lado de Arrigo Barnabé, Premeditando o Breque e Grupo Rumo.
Ele misturou rock, samba, reggae, pop e funk, com poesia, vídeo, dança e teatro, criando uma linguagem urbana e performances importantes para consolidar um espaço de experimentação. Gravou três discos independentes nos anos 80 antes de "Intercontinental! Quem Diria! Era Só o que Faltava...", lançado em 1988 pela Continental.
Abram alas para a genialidade deste que temperou de ginga a nossa música.
"Por mais que eu fume,
fume não consigo estar imune
Incólume desse ciúme
Incólume desse ciúme
quando sinto o seu perfume"
Negro, foi parar na cadeia com 23 anos de idade, quando esperava um ônibus na Rodoviária de Londrina com sua mala e um toca-fitas. Passou cinco dias preso e incomunicável, num cubículo com mais uns quinze caras lá dentro, todos de cócoras porque não havia espaço para deitar. Itamar afirmou que não usou essa experiência em música, no entanto é interessante notar que a primeira banda que formou chamava-se Isca de Polícia, e até hoje, é difícil alguém pensar em Itamar Assumpção sem chamar pelo Nego Dito.
"Vou tirar você do dicionário", uma de suas mais belas canções interpretada pela filha, Anelis Assumpção e Zélia Duncan, que desde o seu primeiro disco, grava canções de Itamar e afirma que ele a ajuda fortalecer seu discurso e trabalho.
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