Desculpe estou um pouco atrasado
Mas espero que ainda dê tempo
De dizer que andei errado e eu entendo
As suas queixas tão justificáveis
E a falta que eu fiz nessa semana
Coisas que pareceriam óbvias até pra uma criança
Por onde andei enquanto você me procurava
Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava
Amor eu sinto a sua falta
E a falta é a morte da esperança
Como um dia que roubaram seu carro
Deixou uma lembrança
Que a vida é mesmo coisa muito frágil
Uma bobagem uma irrelevância
Diante da eternidade do amor de quem se ama
Por onde andei enquanto você me procurava
E o que eu te dei foi muito pouco ou quase nada
É que eu deixei algumas roupas penduradas
Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava
Nando Reis
Creio que o autor não se questiona se a pessoa a qual ele se refere é realmente importante para ele. Na verdade ele faz, sim, uma grande auto-crítica, e reconhece naquela pessoa uma imensa importância para a sua vida, mas que ele não soube valorizá-la no devido tempo (“desculpe, estou um pouco atrasado…”), está arrependido pela perda, e disposto a mudar (“De dizer que eu andei errado / e eu entendo suas queixas tão justificáveis”).
O que ele quer dizer realmente é que aquela pessoa que lhe era tão dedicada, um certo dia não suportou suas mancadas e falta de maturidade (“coisas que pareceriam óbvias até pra uma criança”) e deu um basta no relacionamento.
Quando ele diz no refrão: “por onde andei enquanto você me procurava?”, na verdade ele se questiona: o que é que eu estou fazendo com essa pessoa que está sempre procurando me entender?
Ele reconhece que pouco fez para manter o relacionamento (“e o que eu te dei foi muito pouco ou quase nada”).
E tenta se justificar que não se empenhava o suficiente por conta de lembranças passadas (possivelmente outros relacionamentos) usando a metáfora: “é que eu deixei algumas roupas penduradas”.
Por fim, ele se questiona: será que eu mereço esta pessoa de tanto valor? será que eu já estou preparado para dar a esta pessoa tudo o que ela merece? (“Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava”).
Comentário by Sérgio Soeiro — 16 de abril de 2009
Leia outras análises e comente - Site
PS: Lexxxxxxx!!! Saudadessssss!!!
sábado, 22 de janeiro de 2011
Por Onde Andei
02:20
Elô Araújo
1 comment
1 Devaneios:
Adorei a análise, e sinceramente... São poucos o que tem sensibilidade o suficiente para entender...
"Amor eu sinto a sua falta
E a falta é a morte da esperança"
Quando a conclusão se faz assim tardia, é de fato como se morressem todas a chances!
BEijos
Postar um comentário