Meu nome não rima
com covardiaMeus pais me ensinaram
a ser forteSou feita de barro e
curtida no açoNão temo a dor e
nem a morte
Se a morte não temo,Muito menos de amarQuem teme, não se resguardaApenas vive a vagar
Vaga feito condenadolargado sem ter onde ficarsem carinho, cama e comidavive só a lamentar
Pobre diabo esseque por medo vive a esconderas dores provocadas nos outrosé o que alimenta mas também o faz morrer
Eu sigo meu caminhosem remorso no coraçãonele só carrego as lembrançasdos amores que tive então
Foram muitos e incontáveistais como as estrelas no céuFrancisco, Carlos, RaimundoRicardo, esse fazia cordel
Paulo quase vira papa,Manoel usava chapéu,Luís pitava e bebia cachaça,morreu, danou-se!Deus o tenha no céu!
Gustavo tinha nome de doutorbeijava bem, o danadocasou com Maria Isabele foi traído, podre coitado
De todos os amores que tivenenhum dá pra compararcom Antonio nordestinoesse sabia amar
Me tratava como uma flordelicado no trato e falarera macho com certezae nada me deixou faltar
Foram muitas as andançasdelas me recordo bemLágrimas, risos e dançasEntristeci mas fui feliz também
Pra quem vive nesse mundoE nunca teve a quem amarPresta atenção no que faloPra depois não lamentar
Só quem vive e se arriscana vida tem o que contarAmar às vezes é doídoe muitas vezes nos faz chorar
Mas até chorar é gostosoquando se tem alguém do ladotudo fica colorido, branco, azul e encarnadoquando os corações se encontram,amar é bom que é danado!
Diva L.
2 Devaneios:
Seu nome rima com poesia....
Parabéns, sua escrita sempre é admiravel...
bom fim de semana
Preciosa Maria
Êta muié, arretadaaaaa!!! rs!!!
Que maravilha de poema, Lalinha... Li o esboço dele hoje pela manhã (momento para causar uma ponta de inveja aos demais... rss!!!) Como já havia lhe dito, acho que tem um cheirinho de Drummond... Mais precisamente, Quadrilha, sabe? Parabéns! Beijos!
Postar um comentário