sábado, 22 de janeiro de 2011

Por Onde Andei



Desculpe estou um pouco atrasado
Mas espero que ainda dê tempo
De dizer que andei errado e eu entendo


As suas queixas tão justificáveis
E a falta que eu fiz nessa semana
Coisas que pareceriam óbvias até pra uma criança


Por onde andei enquanto você me procurava
Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava


Amor eu sinto a sua falta
E a falta é a morte da esperança
Como um dia que roubaram seu carro
Deixou uma lembrança


Que a vida é mesmo coisa muito frágil
Uma bobagem uma irrelevância
Diante da eternidade do amor de quem se ama


Por onde andei enquanto você me procurava
E o que eu te dei foi muito pouco ou quase nada
É que eu deixei algumas roupas penduradas
Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava


Nando Reis


Creio que o autor não se questiona se a pessoa a qual ele se refere é realmente importante para ele. Na verdade ele faz, sim, uma grande auto-crítica, e reconhece naquela pessoa uma imensa importância para a sua vida, mas que ele não soube valorizá-la no devido tempo (“desculpe, estou um pouco atrasado…”), está arrependido pela perda, e disposto a mudar (“De dizer que eu andei errado / e eu entendo suas queixas tão justificáveis”).

O que ele quer dizer realmente é que aquela pessoa que lhe era tão dedicada, um certo dia não suportou suas mancadas e falta de maturidade (“coisas que pareceriam óbvias até pra uma criança”) e deu um basta no relacionamento.


Quando ele diz no refrão: “por onde andei enquanto você me procurava?”, na verdade ele se questiona: o que é que eu estou fazendo com essa pessoa que está sempre procurando me entender?
Ele reconhece que pouco fez para manter o relacionamento (“e o que eu te dei foi muito pouco ou quase nada”).


E tenta se justificar que não se empenhava o suficiente por conta de lembranças passadas (possivelmente outros relacionamentos) usando a metáfora: “é que eu deixei algumas roupas penduradas”.


Por fim, ele se questiona: será que eu mereço esta pessoa de tanto valor? será que eu já estou preparado para dar a esta pessoa tudo o que ela merece? (“Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava”).


Comentário by Sérgio Soeiro — 16 de abril de 2009 
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PS: Lexxxxxxx!!! Saudadessssss!!!

Um comentário:

  1. Adorei a análise, e sinceramente... São poucos o que tem sensibilidade o suficiente para entender...

    "Amor eu sinto a sua falta
    E a falta é a morte da esperança"

    Quando a conclusão se faz assim tardia, é de fato como se morressem todas a chances!


    BEijos

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