domingo, 30 de setembro de 2012

Ou não...


O que é a poesia senão o nosso dia-a-dia? Se colorida ou monocromática é o reflexo do que vivemos, sentimos, pensamos ou desejamos.  O que é o poeta senão um fingidor? Versejou o Pessoa. Finge ter, ser, saber, querer e, de forma simples,  consegue transcender  a magnitude do pensar. São muitos ou  nada são do todo, ou ainda, não são ninguém ao escrever sobre as agruras, venturas ou desventuras da vida. 

Não tenho a intenção de escrever bonito, já tive e acho que nem sei. Já me preocupei com rimas, que até bem pouco tempo odiava. Hoje as rimas soam até agradáveis, já não sinto rancor por elas. Sou mutante, mutável, errante, chega a ser desconcertante pensar quem sou. Apenas sou, sem definições ou intenções. Talvez nem uma rima eu seja...

Mas, o que é o poeta além de um ser despido de pretensões?
Ou quem sabe, um ser extremamente pretensioso e vaidoso? 

Um ser confuso que se desnuda sem pudores, das palavras é amigo e cúmplice. Quando estou triste recorro às mesmas que, em fração de segundos, aliviam minh´alma. 

Por que escrevi sobre os poetas? Não sei! Quem saberá explicar o que se passa na mente humana? Apenas escrevi...

Apenas escrevo... Assim é a vida.
Assim sou eu!



Diva L.

Um comentário:

  1. Os poetas podem ser ou não ser fingidores. Alguns são até muito sofredores.
    Recordo Florbela Espanca - Quanta dor
    senhor meu Deus...

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