E o que dizer das mortes de Wando e Whitney? Confesso que pensei que tínhamos voltado à barbárie, ao ler comentários estúpidos em grandes sites de notícias que davam conta do grave estado de saúde do cantor. Humor negro também tem limite, uma vez que é criado por pessoas que se dizem humanas. Como zombar e desejar a morte de alguém pelo simples fato de não gostar de seu estilo ou discurso? E a liberdade de opinião? Claro que podemos e devemos expressar o que pensamos, mas desde que isso não agrida gratuitamente o outro.
Pode até parecer bobagem, mas comemorar a morte da Whitney pelo fato de que ela era viciada foi uma das maiores idiotices que já vi. E o que dizer dos locutores John Kobylt e Ken Chiampou, âncoras de um programa vespertino na rádio KFI-AM, em Los Angeles, que foram suspensos por comentários irônicos sobre Houston, chamando-a de "prostituta viciada".
Tantos outros astros morreram vitimados pelas drogas. É interessante como alguns esquecem que os seus ídolos, antes de serem astros, são humanos, gente como a gente.
Estupidez - O mês de fevereiro quase roubou toda a minha inspiração ao se despedir tristemente. No dia 27 fui surpreendida com a notícia do assassinato do bispo da Igreja Anglicana do Recife, Revmo. Dom Robinson Cavalcanti e de sua esposa, Mirian Cotias. No dia anterior, o casal foi vítima de um crime cruel e inaceitável: foram esfaqueados pelo filho, Eduardo Cotias Olímpio Cavalcanti, que cometeu tal ato de forma premeditada. Impressionante como, também, o caso foi alvo de comentários absurdos feito por alguns seres... humanos?
Não me julgo melhor que ninguém, sou apenas mais uma boba - como sabiamente descreveu a Clarice Lispector - que ainda acredita no ser humano. Por isso, ainda choro com perdas, sofro com a dor do próximo, mesmo que esteja do outro lado do planeta, como no Tsunami no Japão, os terremotos no Haiti e no Chile. Alguém lembra? Garanto que os japoneses, haitianos e chilenos, jamais esquecerão.
Não sou intelectual, não sou poeta, muito menos filósofa. Não balanço a cabeça dizendo que sou apaixonada pelo João Gilberto, simplesmente para parecer inteligente. Não sou revolucionária, bancária, ativista, nem vegetariana. Adoro comer um bom bife, mas não crucifico quem prefere alface. Não faço tai chi chuan nem ioga. Ando mesmo é de bicicleta desde que tinha 6 anos, mas minha melhor amiga não consegue nem se equilibrar em uma com rodinhas de apoio, nem por isso a atiro aos leões.
Não sou intelectual, não sou poeta, muito menos filósofa. Não balanço a cabeça dizendo que sou apaixonada pelo João Gilberto, simplesmente para parecer inteligente. Não sou revolucionária, bancária, ativista, nem vegetariana. Adoro comer um bom bife, mas não crucifico quem prefere alface. Não faço tai chi chuan nem ioga. Ando mesmo é de bicicleta desde que tinha 6 anos, mas minha melhor amiga não consegue nem se equilibrar em uma com rodinhas de apoio, nem por isso a atiro aos leões.
Lamento quando vejo pessoas perdendo a luta contra as drogas, não importa se é um astro do pop ou seu fulano sem nome da esquina. Sei bem o que é ter uma pessoa querida envolvida e vencida pelas drogas. É preciso atentar em como a vida é breve. Como é triste saber que alguém com tanto pra viver se vai sem aviso prévio. Sim, não tomamos o elixir da imortalidade. Todos somos mortais. Todos estamos sujeitos a desaparecer em segundos. É cruel ver tanta insensibilidade e pessoas se colocando acima do bem e do mal.
Fico feliz pois ainda me emociono com o canto dos pássaros, ainda admiro o nascer do sol, ainda brinco descalça fugindo das ondas, ainda perco o fôlego diante da magnitude de um céu estrelado, meus olhos ainda brilham ao devorar algodão doce. "Ah, quanta bobagem!" Torçam o nariz, oh seres "evoluídos"! Vocês não imaginam como isso é bom e como essa eterna aprendiz se sente bem ao saber que ainda está viva e não apenas respirando.
Fico feliz pois ainda me emociono com o canto dos pássaros, ainda admiro o nascer do sol, ainda brinco descalça fugindo das ondas, ainda perco o fôlego diante da magnitude de um céu estrelado, meus olhos ainda brilham ao devorar algodão doce. "Ah, quanta bobagem!" Torçam o nariz, oh seres "evoluídos"! Vocês não imaginam como isso é bom e como essa eterna aprendiz se sente bem ao saber que ainda está viva e não apenas respirando.
Sim, ainda estou viva!
Ainda sou humana!
PS: Ufa, desabafei! Acredito que agora a inspiração retorna...
Infelizmente é isso ai, o ser humano anda meio que perdido...beijos de bom dia pra ti amiga.
ResponderExcluirÉ realmente uma pena que a maior criação de Deus, esteja se tornando tão insensível. A nós, pobres mortais, a resistência!
ResponderExcluirBjo e obridada por comentar
Diva L.