segunda-feira, 25 de julho de 2011

Assovio - Cecília Meireles

Ninguém abra a sua porta
para ver que aconteceu:
saímos de braço dado,
a noite escura mais eu.

Ela não sabe o meu rumo,
eu não lhe pergunto o seu:
não posso perder mais nada,
se o que houve já se perdeu.

Vou pelo braço da noite,
levando tudo que é meu:
a dor que os homens me deram,
e a canção que Deus me deu.

Cecília Meireles.

Leo Cruz

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