sábado, 26 de fevereiro de 2011

Aos amigos que partiram e aos que ainda chegarão

Por Marcus Kastrus - Sincrônicas

Dia desses, nesses dias de reflexão, ouvindo What a Wonderful World em uma maravilhosa versão protagonizada pelos narcisos invertidos: Nick Cave e Shane MacGowan. Se originalmente interpretada pelo genial Louis Armstrong a canção já deixava a alma com uma satisfação indescritível...com Cave e MacGowan ela ficou sombria, entristecida e sutilmente acalentadora. Perfeita para ser a trilha sonora de um momento de reflexão.

Temos de observar o quanto estamos indo no caminho certo ou dele nos afastando. Mas como reconhecer o “caminho certo”? Para muitos é algo extremamente complicado perceber isso. Para outros, pouco importa, tudo é apenas uma questão de imediatismo. Alguns, entronizados no eu, estão acima de qualquer percepção do que seja o tal “caminho certo”.

Antes de tudo deixo claro que o caminho não tem nada a ver com questões religiosas, moralistas ou de livros do senhor Paulo Coelho – a quem tenho uma admiração que não chegou a ser interesse em lê-lo. Falo sobre o caminho certo me referindo ao caminho do bem, do fazer o bem ao próximo. De respeitar o próximo, da solidariedade com o planeta, da solidariedade com o próximo. Sei que tudo isso soa piegas e tal em um tempo de extrema solidão e individualidade. Mas não há mudança no que tange ao inexorável: o bem é o caminho.


Ouvindo uma canção que leva o interessante título: que mundo maravilhoso, apesar da eterna depressão que me acompanha, refleti muito sobre o bem e suas conseqüências. Acabei chegando aos meus amigos, verdadeiros irmãos – o alicerce desse porto quase nunca seguro –, amigos que estão sempre praticando o bem, de alguma maneira contribuindo para o equilíbrio e harmonia desses nossos dias.

O bem, caros amigos navegantes, apesar de não estar na ordem do dia de muitas pessoas, é a única coisa que realmente importa. O problema é que essa consciência chega tardiamente. Quantos indivíduos não vivem de maneira egoísta o sonho da vida perfeita e mal sabem que são apenas desertos de almas. São criaturas vazias que nunca compreenderão que verdadeiramente o mundo só será maravilhoso quando o bem for mais que uma atitude solitária nos corações de poucos.

Vamos fazer o bem, também. Eis a essência para uma vida melhor. Abraço aos navegantes.

Texto publicado em 08/02/11 no blog de Luiz Armando da Costa - Políticas e Acessórios.

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