quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A tua boca

Não é veneno
A tua boca
Quando chama a luz do dia
Quando diz que a chama é pouca
Quando ama tão vadia
Se reclama ser tão pouca
A outra boca que esvazia
Quando beija ou abandona
Quando clama entre as chamas quando chia
Quando pia entre as ramas
Quando adoça é como ardia
Não é veneno quando mata
Quando salva e quando adia
Quando louca
Não é veneno a tua boca
Quando é coisa de magia

Quando cobra que se enrosca
Quando água que se afoga
Quando forca que alivia.

Zeca Baleiro

3 comentários:

  1. AMEI...
    Linda a poesia...
    Profunda e tocante, bem coisa de DIVA meismo ...rsrsrs

    Bjoo ♥

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  2. D+...Zeca Baleiro é Zeca Baleiro e fim de papo...

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  3. Pela boca que sentimos o sabor da vida, dos beijos e dos amores...
    Da boca pode sair o veneno e o antídoto.. da boca sai o fel e o mel, mas cuidado com o que você solta, pois as vezes, pode engolí-lo de volta.
    como sempre, maravilhoso... do anonimo que viaja numa lingua...
    grande abraço e espero você comentando o meu.

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