Quando não te posso contemplar
Contemplo os teus pés.
Teus pés de osso arqueado,
Teus pequenos pés duros,
Eu sei que te sustentam
E que teu doce peso
Sobre eles se ergue.
Tua cintura e teus seios,
A duplicada purpura
Dos teus mamilos,
A caixa dos teus olhos
Que há pouco levantaram vôo,
A larga boca de fruta,
Tua rubra cabeleira,
Pequena torre minha.
Mas se amo os teus pés
É só porque andaram
Sobre a terra e sobre
O vento e sobre a água,
Até me encontrarem.
Contemplo os teus pés.
Teus pés de osso arqueado,
Teus pequenos pés duros,
Eu sei que te sustentam
E que teu doce peso
Sobre eles se ergue.
Tua cintura e teus seios,
A duplicada purpura
Dos teus mamilos,
A caixa dos teus olhos
Que há pouco levantaram vôo,
A larga boca de fruta,
Tua rubra cabeleira,
Pequena torre minha.
Mas se amo os teus pés
É só porque andaram
Sobre a terra e sobre
O vento e sobre a água,
Até me encontrarem.
Pablo Neruda
Bonito poema como são todos os de Pablo Neruda.
ResponderExcluirQuem ama os pés ama o restante.
Querida leio sempre seus comentarios nos Blogs do Guilherme Bandeira, ficava me perguntando: QUEM será a DIVA?
ResponderExcluirBem resolvi vir aki conhecer de perto, Amei seu espaço ♥
Bjoo de Diva ♥
Lindo, e o que dizer sobre Neruda, se não que a contemplanção se faz assim por inteiro!
ResponderExcluirBeijos
Hummm... amo esse, está em meu álbum dos meus pés é lindoooo (o poema ) kkk bjkas
ResponderExcluirAndréa