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quinta-feira, 8 de julho de 2010

O Santo clandestino!

Poucas pessoas tiveram a sabedoria, habilidade, inteligência, paciência e humildade que ele teve.


Protagonista de uma das mais belas histórias do século XX, participou de uma das maiores descobertas da científicas, tão importante para a medicina quanto o homem ir à lua, seu nome é Hamilton Naki.

Nasceu na África do Sul em 1926, saiu de sua cidade natal, Ngcingane,uma pequena aldeia do estado de Cabo do Leste quando tinha apenas 14 anos de idade, indo para a Cidade do Cabo, onde conseguiu um emprego de jardineiro na Universidade da Cidade do Cabo.

Conseguiu terminar o ensino primário e depois foi promovido a trabalhar na faculdade de medicina da Universidade da Cidade do Cabo, nos laboratórios da clínica, cuidando das cobaias que eram operadas pelos médicos.

Com o tempo desenvolveu uma incomum habilidade para os procedimentos médicos, como suturas, analgésias e cuidados pós-operatórios. Sua técnica chamou a atenção de Robert Goetz e ele virou técnico, ajudando em cirurgias e em pesquisas em transplantes de rins, coração e fígado, até se tornar um cirurgião de renome, sem nunca ter sentado em um banco de faculdade de medicina.

Para o Hospital e a Cidade do Cabo ele era tão valioso que não importava a condição racial, foi promovido a cirurgião...clandestino. Continuou estudando e dando aula para estudantes brancos e a essa altura já era o número 2 da equipe.

Em 3 de dezembro de 1967, o primeiro transplante de coração do mundo. Na era do apartheid, um regime segregacionista branco que oprimia os negros, o cirurgião Christiaan Barnard ficou instantaneamente famoso por conduzir a histórica equipe da qual, um negro fazia parte clandestinamente, ele ajudou a retirar o coração da doadora e preparou-o para ser transplantado no peito do receptor. Essa história permaneceu secreta por 24 anos.

Embora não pudesse aparecer nas fotografias por causa das leis raciais, um dia por descuido foi fotografado junto com a equipe, a direção do hospital explicou que era um empregado do serviço de limpeza.

Na noite em que Barnad recebia os loros da fama, Naki repousava em seu barraco sem água corrente e sem luz elétrica, nos subúrbios da cidade do Cabo, sem nunca ter reclamado de sua condição, mas sempre convicto de que foi o melhor entre os melhores, deu o máximo de sí em prol da vida e da humanidade.

Nota: Em 2003 já aposentado recebeu um diploma honorário em medicina pela Universidade da Cidade do Cabo, continuou trabalhando como cirurgião em um ônibus adaptado como clínica móvel. Morreu em maio de 2005 ao 78 anos de idade.


Fontes: wikipédia, Raider's digest, zich.ch, karlaronalevalo. blogspot

3 Devaneios:

Anônimo disse...

Que as pessoas sejam sempre reconhecidas pela sua capacidade e seus próprios méritos, sem discriminação ou preconceitos.
Ele foi um jardineiro que ensinou como cultivar e salvar vidas, é com o regador do amor que se faz florecer a humanidade.
Andréa

Polzic disse...

Hola Diva, si, nos fuimos Brasil y Argentina del mundial, y el que jugo los 7 partidos fue Uruguay! jajaj

Queres que te de un banner de legosargentinpara poner en tu sitio?

Si vos queres pasame los datos del tuyo y te cuelgo en mi blog (abajo de todo tengo banners, sino arriba a la derecha tengo links del tipo texto)

mandame directo a polzic@yahoo.com

Saludos y esperemos que Uruguay le gane a Alemaña!

Elô Araújo disse...

Não conhecia essa história. Belíssimo exemplo de superação, vontade, luta e talento. O preconceito é um dos maiores males que o homem impõe ao próprio semelhante. Cor, raça, religião, ideologia, não podem superar a condição de que todos somos seres humanos igualmente criados e capacitados.

Parabéns pelo post.

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