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terça-feira, 13 de abril de 2010

Muito prazer, eu sou o Brega!!! Evaldo Braga, o ídolo negro

"Eu não sou lixo
Para você querer me enrrolar
Eu não sou lixo
Pra você fora jogar meu bem
Você fez coisas
Que eu nunca hei de fazer
Só peço a Deus, amor
Que me faça te esquecer "

Embora a composição remeta a paixão a uma mulher cujo amor se perdeu, ela foi inspirada, literalmente, na sua própria história. Abandonado na lata de lixo pela mãe que era prostituta, o menino pobre nascido em Campo dos Goytacazes (RJ), foi criado num orfanato fluminense. Com uma vida marcada pela tragédia pessoal e pela aclamação popular, conviveu intensamente com tristezas e alegrias.

Passados os dias de infância no SAM (Serviço de Amparo ao Menor, depois FEBEM), o jovem negro trabalhou como engraxate na porta da rádio Mayrink Veiga, onde conheceu diversos artistas. Ali, descobre a sua vocação e uma forma de exorcizar seus dramas e sofrimentos.

Em 1969, conheceu o produtor e compositor Osmar Navarro, que o levou para gravar as primeiras composições. Pouco tempo depois, inaugura a carreira com o primeiro LP, 'O Ídolo Negro'. Nele, está a clássica 'A Cruz que Carrego', de autoria de Isaías Souza, com uma carga dramática e autobiográfica, um dos seus maiores sucessos, até hoje regravada e cantada país afora.

Embora a crítica especializada da época não desse muita importância a ele, nem ao menos se dando ao trabalho de avaliar seus dotes vocais e as composições, seu sucesso aumentou, e em 1972, lançou o segundo LP, que trazia o grande sucesso 'Sorria, Sorria', parceria com Carmen Lúcia, e ainda 'Eu Não Sou Lixo', que trouxeram a consagração definitiva junto ao público, tornado-se hit popular.

A carreira meteórica do grande ídolo foi interrompida no dia 31 de janeiro de 1973, em um acidente fatal na BR3, antiga Rio-BH, após tentativa de ultrapassagem forçada segundo populares. Importante ressaltar que no momento do acidente Evaldo Braga não dirigia o carro, e sim seu motorista.

Ele tinha apenas 25 anos e deixava um legado de canções que traduziam o sentimento de abandono de milhões de brasileiro. Evaldo Braga deixou dois discos gravados. Um terceiro foi lançado no ano de sua morte, mas era na realidade, uma coletânea.

Após 37 anos, seu túmulo ainda é um dos mais visitados pelos fãs no feriado de Finados no Cemitério do Caju, Rio de Janeiro.

Fontes: Wikipédia, Memória da MPB, Last.fm, Revista do Rock

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