Bom senso se discute, sim!!!

Hoje tropecei em um fórum cujo título era "Eu odeio a Banda Calypso". Nem preciso dizer que me identifiquei, já que não é segredo que não morro de amores por esta banda. Pra mim, Calypso representa diversas outras de igual estilo e gosto. Não é porque, segundo pesquisa da Datafolha publicada no Folha de São Paulo, que é a banda mais ouvida do país, que tenho que apreciar tudo que "cantam e tocam".

Mas não foi o post em si que chamou atenção, mas um comentário que atribuia a Joelma o título de "diva da música brasileira". Caramba, cristalizem se isso fosse realidade? Se depois de Elis, Maysa, Marisa Monte e tantas outras, acabarmos tendo a Joelma como "diva", a única saída será o aeroporto.

Com isso lembrei do mestre Ariano Suassuna quando foi bastante criticado, numa aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhado uma música da Banda Calypso, que ele achava (e eu também) de mau
gosto. O escritor fez pesadas críticas ao grupo, a ponto de considerar "imbecil e idiota" o autor da música "Tudo pra te conquistar". Segundo diversos sites, na ocasião, mostraram a ele algumas letras das bandas de "forró", e Ariano exclamou: "Eita que é pior do que eu pensava!"

Bom, tudo bem que gosto não se discute. Há os que concordem com o Ariano e os que não. Esse é o ponto máximo da liberdade de expressão. No entanto, é cruel diante de tantos compositores e da riqueza da nossa música, termos os nossos ouvidos constantemente invadidos sem a nossa permissão, por composições de gosto duvidoso.

Gritos de quem? - E o que dizer da filosofia das atuais bandas de "forró", que de forma absurda nos chamam de raparigas ou quengas? Os homens foram rotulados de "cachaceiros", "raparigueiros" e tantos outros "eiros". Com isso, promovem verdadeiros bacanais com ousadas "coreografias", sob o olhar extasiado de pessoas que precisam educar os ouvidos antes de elevarem ao posto de música algo desse nível.

Não, não e não!!

Esqueçam as preocupações e desfaçam as pequeninas rugas, pois não tenho a menor pretensão de ocupar o cargo máximo de "defensora da moral e dos bons costumes", mas na boa, bom senso não é descartável e é sempre preciso.

Diva L.

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