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terça-feira, 21 de julho de 2009

Mundo, mundo...Estranho e violento mundo!

Galera, uma pausa nos poemas, poetas e filósofos.


Hoje lendo a Folha Online, esbarrei nessa chamada:
Mais de 33 mil adolescentes serão assassinados
até 2012 no Brasil

Mais de 33 mil adolescentes serão assassinados entre 2006 e 2012, prevê o IHA (Indicador de Homicídios na Adolescência), divulgado nesta terça-feira pelo governo federal, Unicef e Observatório de Favelas. De acordo com o estudo, de cada mil adolescentes que completam 12 anos no Brasil, 2,03 são mortos por homicídio antes de completar 19 anos. Foram analisados dados de 2006 de 267 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes.

A minha reação ao ler foi patética. Simplesmente emudeci, pois o sentimento de impotência é revoltante. Cristalizem! Mais de 33 mil adolescentes serão subtraídos no momento mais mágico da vida? Alô, estamos em 2009. O texto diz que serão assasinados, não que poderão vim a ser. O que é isso? Procurei mas não encontrei citação que os órgãos estão estudando meios para reverter a pesquisa ou algo parecido, apenas que "o especialista em violência Ignácio Cano, que participou da elaboração do estudo, disse não foi identificado o motivo de cidades como Foz do Iguaçu e Governador Valadares aparecerem no topo do ranking. De acordo com a subsecretária de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Carmem Oliveira, o governo constituiu um grupo de trabalho com gestores municipais para identificar motivos, áreas de risco e estabelecer metas e estratégias para enfrentar o problema."

E as outras capitais? E um estudo amplo? E as ações imediatas? E a sociedade, não será ouvida? Não discutiremos sobre o assunto? Será que em mais ou menos 2 anos e meio nada poderá ser feito?
Impressionante como nos acostumamos com dados, parece até que estamos anestesiados. Até quando seremos só espectadores do caos? Tornou-se comum ver um morto em cada esquina.

Então, vamos viajar...

A pesquisa também não diz quais serão os adolescentes assassinados. Isso mesmo! A pesquisa não diz se entre os 33 mil adolescentes estão os meus sobrinhos, primos, amigos, ou os filhos do vizinho. Os meus, os seus, os nossos!

Ah, mais isso faz diferença? Claro que sim!

Digamos que a pesquisa citasse os nomes, com certeza estaríamos mais atentos e procuraríamos evitar ou não? Todos sairíamos da zona de conforto!

Lembram da Lista de Schindler? Pois é!
Lá estavam os que sobreviveriam, ao contrário destes dados absurdos e injustos, que condenam mihares de adolescentes. Afinal, elegemos políticos pra que? Para nos informarem que nossos filhos serão assassinados daqui há alguns anos?

Quero sim, que as manchetes mudem. Ah, o que os órgãos e políticos podem fazer? Criem incentivos, programas, pensem, mudem, ajam! Garanto que a sociedade não se negaria a lutar pela sobrevivência não só dos seus, mas também pelo futuro dos filhos dos seus filhos, pelo filhos dos vizinhos, pelos filhos dos amigos, inimigos, inimigos dos inimigos. Não podemos simplesmente ver crianças e adolescentes condenadas à morte. Pena de morte silenciosa? Até quando seremos coniventes?

Afinal, o que diz o Estatudo da Criança e do Adolescente?
O que está registrado na Declaração Universal dos Direitos Humanos?
Apenas letras mortas?

Não, não aceito a morte em nenhuma instância.
Vamos ficar de braços cruzados e deixar o homem entrar em extinção?
Ah, Lali! Fala sério! Você ainda espera algo dos políticos?

Claro que temos que cobrar deles sim! Eu votei! Eu tenho direitos adquiridos. Mas, se pra vocês continuar na zona de conforto é mais interessante, então bom conchilo pra todos.

1 Devaneios:

Marcella disse...

muito emteresante viu

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