Não falamos sobre moda, cultura é o nosso foco, poesia nossa inspiração. Sair do lugar comum é como ver o mundo de cima de um salto 15...Vermelho!!!

sábado, 18 de julho de 2009

Vivendo e aprendendo...

Hoje, depois de longos papos com diversas pessoas, o meu agitado cérebro me fez lembrar de uma música que há muito tempo não ouvia. A canção interpretada pela grande diva Elis Regina e de autoria do Guilherme Arantes diz o seguinte:

"Vivendo e aprendendo a jogar
Vivendo e aprendendo a jogar

Nem sempre ganh
ando
Nem sempre perdendo

Mas aprendendo a jogar"


A cada dia uma lição. Em algumas situações, somos mestres e professores, em outras, meros aprendizes. Impressionante como constantemente esbarramos nos "espertos e sabidos jogadores", o que me reporta ao poema "As vantagens de ser bobo", da Clarice Lispector.

"O bobo, por não se ocupar com ambições,
tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo.
O bobo é capaz de ficar
sentado quase
sem se mexer por duas horas.
Se perguntado por que n
ão faz alguma coisa,
responde: 'Estou fazendo. Estou pensando.'"

Você pode até achar que estou chovendo no molhado. Mas, se analisar comportamentos fosse uma lição diária, garanto que "jogaríamos" melhor paciência.
As experiências da vida passam a ser como as ondas do mar, constantes mas irregulares. Ora altas, revolutas e complexas, capazes de derrubar experientes surfistas e, em outros momentos, apenas ondinhas para criança ver e brincar.

Esse devaneio me reporta ainda ao grande poeta, Carlos Drummond de Andrade:

"Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
Mas vasto ainda é o meu coração."

Bom, confesso que mesmo sendo uma boba assumida e "calejada", muitas destas experiências, por vezes, me paralizam por segundos. Sempre me surpreendo com as mesquinhas atitudes humanas. Acho que isso é comum aos bobos. É estranho que mesmo tão "evoluído" o homem continue utilizando máscaras tão medíocres. O que se diz não condiz com o que se faz. Não estou falando apenas do universo virtual, não. No real, a dimensão é muito maior.

Não consigo visualizar relações onde o sinal de alerta tem que está ligado, tipo: "Atenção, após o sinal esta conversa será gravada. Cuidado com o que diz, pensa ou fala, pois tudo poderá ser usado contra você." Patético, não?

O que somos? No que nos transformamos? Para onde vamos? O que queremos? Relações realmente lamentáveis. Definitivamente não tenho vocação para ser jogadora, apenas quero tocar o mundo.Nossa, quase esqueci...se liguem, pois a água do mundo tá acabando.

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