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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Como nascem os sarauzeiros?


Sou suspeita pra falar de Sarau, já que todos sabem o quanto sou apaixonada por poetas, poemas, música, filosofia e devaneios. Para alguns é apenas uma sala ou palavrinha bonita, ou ainda, meia dúzia de loucos mentidos a poetas. Sarau vai além de 4 paredes virtuais ou janelinhas, como alguns chamam.

Loucos até que sim. Loucos e apaixonados por viagens que só a poesia e a boa música proporcionam.

Minha relação com Sarau vai além do que até eu imaginava ou lembrava. Dia desses vagando em pensamentos, cheguei ao ponto inicial dessa minha relação apaixonada. Lembrei de fatos que me fizeram entender o motivo desse meu fascínio.
Não, não se preocupem, não foi necessário fazer regressão, também não tem nenhuma relação com vidas passadas.

Não precisei ir tão longe para descobrir. Calma, já conto! Todos sabem também que falo muito, claro que não chego perto do meu ídolo Ariano Suassuna, até porque, não tenho tamanha pretensão nem o repertório do grande mestre. Ah, como sonhar não custa nada...quem dera Diva Suassuna! Seria perfect!!!! :P

Bom, mas voltando... Nesses meus devaneios, lembrei de como aprendi a ler. Isso mesmo! Claro que não faz muito tempo, eu tinha 5 anos. Lembro claramente dos meus "primeiros passos" rumo a descoberta da amada língua pátria. A responsável por me mostrar um mundo novo, foi a minha irmã Cuca. Lembro de como ela me apresentou o A, E, I, O, U em textos poéticos, que nem ela sabia o que os autores representavam.  Nossa, lembro com saudades e gratidão.

"Além da curva sombria,
onde o céu se liga com o mar
aparece a branca vela
que vem a terra a proar
É a jangada ligeira!"

Não me perguntem o autor, porque não lembro. Já procurei no google mas nenhuma referência. Se alguém souber, agradeço se postarem aqui.
Mas esse era só um dos textos. Quem não conhece "Isto ou Aquilo" da Cecília Meireles? Postei dia desses aqui no blog.
"Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!"

Ou ainda:
"No último andar é mais bonito:
do último andar se vê o mar.
É lá que eu quero morar."

Esse também é da Cecília. Simplesmente lindo!
Ah, lembro de um que me encantava. Eu repetia sem o menor constrangimento. Pobre da minha mãe, pacientemente me escutava e, sempre com um sorriso, me parabenizava pelo feito.


"Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar."

Aos 5 anos eu curtia o Alphonsus Guimarães sem ao menos saber o que era um poeta, apenas achava lindo. Com dificuldades o lia e relia, pois o texto não era coloquial. Em meios a acentos negligenciados, eu viajava em textos que mal compreendia, mas que me encantavam.
É isso, como disse a minha amiga Kau ao comentar sobre a origem do meu encantamento, "Somos o que nos ensinam". Eu sou poesia!

E mais, repentindo o meu amigo Lex, "Sarau não é uma salinha, Sarau somos nós". Eu complemento dizendo que: Sarau é fruto de mentes pensantes e mentes pensantes fazem acontecer. Nós fazemos acontecer. Nós somos Sarau.

Fora da telinha - E, nos premiando depois de mais de 1 ano sarauzando, o Sarau ganhou vida além do virtual. Há pouco dias recebi a notícia que o nosso sarauzeiro Gian,  ganhou a missão de implantar nas escolas da rede municipal na cidade onde mora, lá na Paraíba, o projeto "Sarau nas Escolas". Simplesmente FANTÁSTICO! Em breve, mais informações sobre esse feito, por enquanto, parabéns Gi, pois você é Sarau! Tenho absoluta certeza que o projeto será um sucesso e vai engravidar mais e mais cidades. Vamos nos espalhar como lactobacilos vivos e formar pequenos sarauzeiros de responsa.

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