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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Esses moços...

Por sermos rotuladas de frágeis e até mesmo pela forma como nós mulheres encaramos ganhos e perdas, tornou-se comum nos ver chorando, seja por conflitos ou perdas de amores. Sem falar no reforço dado pela TV, com seus dramalhões diários que mostram mullheres apaixonadas como neuróticas, ciumentas e, muitas vezes, frustradas.

Seguindo na contramão, esbarramos no estereótipo masculino, machões, "galinhas", volúveis. Há alguns dias li umas frases que me fizeram parar para refletir about. Não lembro exatamente a construção, mas o contexto era o seguinte: "Acho que nunca mais vou amar", "Não vou mais gostar dizendo que amo" e mais, "As mulheres dizem que somos insensíveis, quando somos gentis, reclamam", "Acho que o problema é que só me relacionei com pessoas erradas." Mais uma vez digo e repito, não estou sendo fiel a construção, mas o contexto era esse.
Sem levantar bandeiras feministas nem machistas e, certa que choverei no molhado, quem pode explicar a milenar relação homem x mulher? Não há mapas, roteiros, fórmulas mágicas. Guerra do Sexo? Nem tanto. Será que existe a pessoa certa? Será que a errada não é errada porque a certa não tem graça? Mas, o certo é certo partindo de qual princípio? E o errado? Errado comparado a mim ou a você? Mas, e eu sou a certa, ou o certo é você? Ou ainda, o que é certo ou errado?

Ficou confuso?
Mais confuso ainda é ver a descrença em relação ao amor. Amores platônicos? Reais? Virtuais? A banalização do "eu te amo" faz com que a descrença aumente. Não é porque, por algum motivo, me decepcionei que o coração vai ser trancado em uma masmorra e esquecido para sempre. A maneira de homens e mulheres gostarem é apenas mais uma das inúmeras diferenças. E que bom que elas existem. Conviver com essas diferenças é onde tá a graça.

Mesmo com fama de durão e de difícil "captura", o homem quando finalmente se envolve, envolve! Já emprestei meu colo pra muitos amigos chorarem perdas e isso não foi só no virtual. Passados os fatos, já rimos muito dos grandes dramalhões por eles protagonizados, os porres mal tomados, os choros copiosos. Quem disse que homem não chora? Chora e se brincar, mais que a gente.

Como "cupida" diplomada, já servi de ponte de reconciliação. E no mundo virtual não é diferente. Como diz Drummond no poema Não se mate:

"Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será"

Portanto, homens do meu Brasil varonil, chorem, rasguem-se, mas nunca desacreditem do amor nem o banalizem. Amar e envolve-se é um lance sério. Nunca digam "eu te amo" se não estiverem sentindo. Se o problema é só conquistar, conquistem. Mas não usem tão importante frase para seduzir e, logo depois, headshot. Afinal, em uma sociedade na qual o "ficar" se firmou, não vale a pena desgastar a frase e desvalorizar o sentimento.

Diva L.

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